heterônimo nascido com os “Poemas da Cidade Podre”, em “Exílio” (1983).
Caras amigas, caros amigos,
Tenho a satisfação de informar que meu novo livro, Matéria e Memória – Poesia Reunida (1975–2025), já está em pré-venda.
Publicada pela Editora Mireveja em parceria com o Instituto Indisce, a obra reúne cinquenta anos da minha trajetória poética, com 472 páginas que abrangem nove livros já publicados e três inéditos, oferecendo um panorama da minha produção literária, desde a estreia com O Emparedado, em 1975.
O lançamento em Bauru será:
📅 dia 13 de agosto (terça-feira)
🕖 Às 19h
📍 Biblioteca Municipal “Rodrigues de Abreu” – Av. Nações Unidas, quadra 8
Os exemplares adquiridos na pré-venda poderão ser autografados no dia do evento.
💰 Valor: R$ 50,00
🔗 Link para compra antecipada é: editoramireveja.com/product-page/materia
Será uma alegria contar com sua leitura, presença no lançamento e, se possível, a divulgação desta obra que marca uma etapa importante da minha vida literária.
Um abraço,
José Carlos Mendes Brandão
Nascimento da poesia
Eva não comeu da maçã no Paraíso, comeu um figo.
Estava embaixo de um figueira,
opulenta,
carregada de figos maduros, abertos ao sol de tão maduros,
e não embaixo de um macieira,
essa árvore sem graça
que produz umas frutas sem graça
como areia
molhada.
Adão comeu o figo e soube que era bom. Adão conheceu
o bem e o mal
e cobriu-se com as folhas da figueira.
Adão e Eva foram expulsos do Paraíso cobertos de folhas
de figueira.
Tinham descoberto o sexo e o amor entre um homem
e uma mulher
e estavam felizes e tristes como um rouxinol
no escuro
da madrugada – nessa hora em que se abre o ovo da poesia.
Gregório Vaz
2012