O BODE
O bode sobe a
montanha, com os chifres
em riste.
A montanha é um
trono para o bode.
Entre os
rochedos, orgulhoso, ostenta
o poderio do
seu domínio estrito.
Que é a vida? O
que somos nós no pasto
do existir? Que
capim, que ossos roemos?
O bode solta um
grito nas alturas.
O grito preto e
branco, seco, quebra-se
e,
ricocheteando, reconhece
o território do
rebanho, grei e reino.
O bode impera
sobre os seus limites.
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