sábado, 10 de abril de 2010

Viva a república



Viva a república


Matem o poeta

cortem-lhe a garganta

arranquem-lhe a língua

sequem-lhe os pulmões


os olhos aos vermes

as unhas à fábrica

o cérebro aos porcos

e o fígado às moscas


é preciso urgente

urgente sufoquem

a voz do poeta

cruz-credo, cruz-credo


salvem a república

que não seja tarde

salvem a república

Deus nos livre e guarde


salvem a república

ela é filha única

salvem a república

dos nobres espíritos


salvem a república

a tão perfeitinha

oh matronas salvem

a republiquinha


salvem a república

ai republiqueta

salvem a república

do poeta besta


salvem a república

dos nobres políticos

que morra o poeta

e viva a república.

_________

5 comentários:

  1. vIM DEIXAR UM BEIJINHO

    DOMINGO


    O acordar é cedo...
    Acordar de gente...
    Que quer aproveitar...
    Quer ver...
    Quer desfrutar...
    E então...
    A cama fica vazia...
    E eu vou...
    Vou observando...
    Apreciando...
    Prados e montes...
    Árvores e riachos
    Casas e animais...
    E assim escrevendo...
    Vou sentindo...
    Que olhando e rabiscando...
    Vou sentindo...
    A grandeza do criador!...

    LILI LARANJO

    ResponderExcluir
  2. Aqui há um outro mundo para os poemas, e é ótimo de ler.

    Abraço

    ResponderExcluir
  3. José Carlos Brandão, eu não esqueci dos amigos não, apenas estava ausente pelo batizado da netinha, e a minha vinda aqui para NY, onde fico até fins de maio.
    Adorei sua postagem, como sempre de bom gosto, saudosamente sua amiga da blosfera,
    Efigênia Coutinho

    ResponderExcluir
  4. ótimos teus versos, como sempre!
    besos

    ResponderExcluir
  5. Leve, solto,
    um encanto,
    como uma canção.
    E no entanto
    tanto, tanto
    neste dizer
    contestação.

    L.B.

    Um beijo

    ResponderExcluir

Visualizações de páginas da semana passada