sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Desamor




por que tanto luxo no luzeiro
por que a crisma na cadeira
e o abacate no copo verde
e o desamor no bigode verde

por que a crisma do luxo
ou do lixo em cima da cadeira
por que o abacate verde no bigode
e tanto luzeiro no desamor

tenho um copo de luxo verde na mão
tenho um abacate sentado na cadeira
e o bispo luzindo no firmamento

não me venham com a crisma lírica
ou lúrida no meu pobre corpo
que tudo é desamor fundo do poço

7 comentários:

  1. Pra que tantas coisas se o desamor está presente? Lindo! Um belo fim de semana,abração,chica

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  2. Passei para agradecer as tuas palavras e celebrar mais um soneto.
    Um beijo
    Chris

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  3. Tão biitinha a bichinha... Olha o biquinho dela. :) Achei um mimo o poema e a foto. Bjo!

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  4. Gostei da maneira como faz a sua poesia, é diferente daquilo a que estou habituada!

    Beijo

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  5. Também estranhei, de facto... eu adoro ambos, foram ambos geniais apesar de tão diferentes, um com o concretismo, e o outro com tudo o resto.

    Obrigada pelo comentário

    Beijo

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  6. Um jogo de palavras muito interessante que soa bem e faz bem...

    Obrigada!

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