O carro se
chocou contra o poste
saiu sangue
das ferragens do poema
Um braço
pendeu do lado esquerdo
e logo uma
cabeça
a língua de
fora
articulando
aos borbotões as palavras
as imagens
sangrentas do poema
A gasolina
escorreu no asfalto
entre latas de
cerveja
e uma magnólia
e logo
explodiu espalhando as pétalas na sarjeta
Os cacos do
poema sufocam sem tempo de respirar
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