
Gosto do teu perfume vagabundo,
excita-me esse cheiro nauseabundo.
Tua nudez mulata, saborosa,
imaginá-la apenas, já se goza.
Eu possuo o teu corpo delirante,
arfando numa cama de bacante.
Ondulas como uma serpente, suando,
num incessante orgasmo agonizando.
Tua volúpia trêmula de medo
me transforma num lúbrico morcego.
Quero os dentes cravar com toda fúria
no teu pescoço, seios, sexo e boca.
O teu sangue fervente de luxúria
quero sugar até a última gota.
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Sete sonetos em estado de graça, in Exílio, 1983.
fui operada à mão direita.
ResponderExcluircorreu bem.
quando puder escrever volto beijinhos saudades
Ah, que soneto! Adorei ler.
ResponderExcluirBeijo meu.