
Roubei o coração de mil donzelas,
cujo sexo devoro com funesto
anseio, as muito feias e as mais belas.
Não sobrará nenhum mínimo resto.
Cozinho a todas numa só panela.
Ah matronas, não digam que eu não presto!
Sou o príncipe dessa grã costela,
que a Deus e ao Diabo juntos eu empresto.
Oh carne quente, membro fumegante.
Quero todo prazer e toda dor.
Eu gozo com a força de um gigante.
Pouco me importa que pareça cômico!
Entre as coxas mergulho com furor
e de graças me inundo, como um vômito!
Sete sonetos em estado de graça, in Exílio, 1983.
O hábito veste o monge,e o exílo as fantasias. bjs amigo!
ResponderExcluirDelícia! Uau!
ResponderExcluirContinuo lendo ao meu bel prazer....rsrs
ResponderExcluirGostei disso :"Roubei o coração de mil donzelas,
cujo sexo devoro com funesto
anseio, as muito feias e as mais belas!"
Abraço,Neusa
http://poesiarapida.blogspot.com