As balas passavam sobre nossas cabeças
incrustavam-se na parede
o reboco caía
Os seus olhos brilhavam como estrelas
você chorava
com toda a ternura do mundo nos olhos
Um estilhaço abriu o seu peito
uma mancha de sangue escorreu até o chão
a sua boca aberta de espanto
Acabou-se a viagem? O que faremos agora?
Era muito cedo para morrer
mas não nos restava outra alternativa
O sangue jorrava do meu pescoço
em golfadas iam-se todas as palavras
e a vida
Segurei a sua mão
você segurou a minha mão
Vamos de mão dadas, dissemos
e caiu o pano
poesia de encontro, mãos dadas e no fundo eu ouvi uma canção de paz!
ResponderExcluirbeijos
Lindo de Morrer!
ResponderExcluirO "Cair do pano" sempre nos pega desprevenidos.
Na vida, no teatro é alívio!
Beijos, poeta!
Mirze