Poeta? Apenas um homem manco
na estrada, no meio
da rua, olhando
a lua, olhando nada.
Eu me encosto no barranco
e olho a paisagem
e colho a imagem do dia
em agonia por mais que faça sol.
Abro um girassol contra
o arrebol. O poema? Colhido
como um fruto, enxuto
como uma pedra.
A dor medra entre o finito
e o infinito.
E o poema bate asas sobre
as casas dos homens aflitos
contra a sua fome, contra o não,
como um apelo à contemplação.
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