Poemas de Gregório Vaz
heterônimo nascido com os “Poemas da Cidade Podre”, em “Exílio” (1983).
quarta-feira, 15 de junho de 2011
D’APRÈS GIUSEPPE UNGARETTI
INQUIETUDE
A uva apodrece, a terra quebra-se.
O monte cobre-se de urubus.
Cai a sombra do inverno
sobre as coisas.
Entre os meus dedos frios
a treva pesa.
As andorinhas morrem
com o meu desespero.
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