quinta-feira, 3 de março de 2011

ASPIRAÇÃO (dois poemas casuais)


 
    Pêndulo

A areia da ampulheta
como a areia do mar
(sal e sol)
me sepulta.


 
                                  Andorinha

Uma andorinha não faz verão?
A andorinha de Manuel Bandeira tão à toa?
Ou a minha andorinha com o sol nas asas
pegando fogo, queimando as penas e o céu?

A minha andorinha faz verão, inverno, primavera,
menos outono. No outono as folhas caem
e a minha andorinha dorme, não trabalha
para não botar fogo nas saias das árvores.

Andorinha, andorinha, passei a ferro e a fogo
os dias inúteis, mas belos como a saudade
da aurora da minha vida. Piu, piu!



2 comentários:

  1. Olá, boa noite!

    Dada a quadra,

    por hoje

    venho apenas desejar-lhe

    um bom Carnaval!

    Saudações poéticas

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  2. Oi, vim deixar comentário no último poema,mas, não achei o espaço. Achei lindo demais,poético e surpreendente. Montão de bjs e abraços

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