A poesia é uma arma,
um revólver, digamos.
Você enfia o cano na boca,
nem se ouve a explosão.
Você está cego, mais que cego, morto.
Nem pode apreciar o espetáculo.
Não poderia haver maior iluminação.
Poesia pura como o fim do mundo.
Quer dizer, o mundo para você acabou.
Agora começou o êxtase.
Pena que você não possa senti-lo.
Quando usaremos a poesia como uma arma?
Alguém entende o que isso quer dizer?