segunda-feira, 11 de abril de 2011

O MASSACRE DE REALENGO


 Disse que ia fazer uma palestra
e puxou dois revólveres
– as armas falam mais alto que a língua.

Atirou sessenta e seis vezes:
doze crianças foram feridas,
algumas gravemente,
e outras doze caíram mortas na hora.

Um policial lhe deu um tiro na barriga,
ele suicidou-se em seguida.

Na mochila um papel com instruções
de como devia ser enterrado:
sem que mãos impuras o tocassem.

A dor nem a loucura justifica.
As crianças morreram na flor da vida,
como flores cortadas antes da hora.


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