terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Identidade



Quem sou?
Eu sou um Gregório Vaz
ou esse é meu nome
mas o que é um nome?
o que é um homem?

O que me define?
Preciso definir-me?
Procuro-me no espelho
não me encontro

Não tenho carteira de identidade
não tenho identidade
mais que a identidade fictícia que me deram
mas você que tem identidade
que pensa que sabe quem é
sabe mais do que eu?

Quebrei o espelho
vivo quebrando espelhos
gosto de imaginar-me multiplicado
nos mil cacos do espelho
que sou mil e ninguém

Gosto da multidão
sou mil na multidão
e ninguém 

Um comentário:

  1. Gregório!

    Agora não somos mais nomes. Somos números. CPF, RG etc... Nomes foram feitos para o batismo, depois qualquer nome serve. Espelhos nada refletem de real. Refletem o que a pessoa quer ver. Continue quebrando. Um dia tudo será pó e caco.

    Beijos, poeta! Adorei conversar com Gregório!

    Mirze

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