Os bárbaros vão chegar, disse Konstantinos
Kaváfis,
e agora é a hora.
Descerão dos morros, subirão dos esgotos
como ratos vorazes
os bárbaros, a escória da sociedade.
A cidade é um vulcão à espera da erupção.
A cidade doente vai explodir.
Não aguenta mais, não aguenta mais
à espera dos bárbaros, que vão chegar.
O ódio incha a cidade, a ambição
incha a cidade.
Chegamos à exaustão,
só falta a explosão.
Só falta o vulcão entrar em erupção.
Só falta a vinda definitiva dos bárbaros.
Os ratos vão chegar, as baratas
indestrutíveis vão chegar.
Uma luz brilha no horizonte:
é o dia da libertação.
Os bárbaros vãos chegar,
os bárbaros vão chegar.
Belíssimo!
ResponderExcluirQuase real, intensos.
Beijos, poeta!
Mirze