A cada um o que merece
um tiro na testa
uma facada na barriga
uma forca
língua arrancada a alicate
A cada um o que merece
passeio entre os túmulos
um silêncio de morte
nenhuma cigarra
nenhuma árvore triste
A cada um o que merece
a morte é suave ao entardecer
a mulher me abraça, é a morte
a criança me beija, é a morte
o velho me abençoa, é a morte
A cada um o que merece
todos chegamos ao fim
E se o fim estiver no começo?
Por que esperar tanto?
Ouça o meu canto feliz
A cada um o que merece
A vida é um risco de giz
quem passar por baixo está morto
Beleza de poema!
ResponderExcluirAplaudo de pé!
Beijos, poeta!
Mirze