sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O PRISIONEIRO



Sou um número na prisão
todos me olham com desprezo
a morte é nada
eu amo a morte

Dias e noites atrás das grades
no pátio cinza
ouvindo os gritos silenciosos
e gritando silenciosamente

Quando acabar a minha pena
começará a minha pena
sou ninguém
serei ninguém completamente


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